28 de julho de 2009

23 de julho de 2009

On bended knee is no way to be free/stop/lifting up an empty cup I ask silently/stop/
that all my destinations will accept the one that's me/stop/so I can breath/stop/
Circles they grow and they swallow people whole/stop/half their lives they say goodnight to wive's they'll never know/stop/got a mind full of questions and a teacher in my soul/stop/so it goes...
Don't come closer or I'll have to go/stop/Holding me like gravity are places that pull/stop/If ever there was someone to keep me at home/stop/It would be you...
Everyone I come across in cages they bought/stop/they think of me and my wandering
but I'm never what they thought/stop/got my indignation but I'm pure in all my thoughts/stop/I'm alive...
Wind in my hair/stop/I feel part of everywhere/stop/underneath my being is a road that disappeared/stop/late at night I hear the trees/stop/they're singing with the dead/stop/overhead...
Leave it to me as I find a way to be/stop/consider me a satelite forever orbiting
I knew all the rules but the rules did not know me/stop/guaranteed...



Have no fear
For when I'm alone
I'll be better off than I was before

I've got this light
I'll be around to grow
Who I was before
I cannot recall

Long nights allow me to feel...
I'm falling...I am falling
The lights go out
Let me feel
I'm falling
I am falling safely to the ground
Ah...

I'll take this soul that's inside me now
Like a brand new friend
I'll forever know

I've got this light
And the will to show
I will always be better than before

Long nights allow me to feel...
I'm falling...I am falling
The lights go out
Let me feel
I'm falling
I am falling safely to the ground

22 de julho de 2009

The time is near... not me. I´m not at home. I´m far.
The bullets scream to me from somewhere... not me.
I´m far... I´m with you... near. holding you.
Saw you... so close... so far...
Holding you... praying for you...
You.

21 de julho de 2009

Quando me calo.

Espreito-te devagarinho no quarto. Tardo em adormecer. Abro a porta devagar e pé ante pé, caminho até sentir o teu respirar pesado pela profundidade do teu dormir.
Não adormeço sem te olhar. Não sossego sem afagar o teu cabelo.
Apesar do calor, tapo-te com um lençol, como se te protegesse de alguma coisa enquanto estás só naquele que é, enquanto cá pernoitas, o teu quarto.
Cresces todos os dias. Enorme. “Gigante” como tu dizes.
Quando te observo a dormir, vejo a tua bochecha a ficar mais esguia, com a dentição definitiva a aparecer da tua boca aberta.
Sorrio.
Cai-me uma lágrima.
Apetece-me abraçar-te e espremer-te contra mim enquanto retenho a respiração.
Como se o teu abraço me desse o meu último suspiro.
Seria assim que queria que fosse. No teu abraço.
Saudades do abraço. De um abraço.
Depois de te beijar a face, tu levantas a mão e dormindo, fazes-me uma festa. Recordo-me de como todas as noites, bebias o biberão com celerac sem despertares. Truques para me (nos) dares algum descanso durante a noite.
Fecho a porta do quarto com a sensação de que só depois daquele ritual ficas em segurança.
O meu instinto protector desperto.
Durmo sem tranquilidade. Sem conseguir de facto, dormir. Um sono acordado. Atento. Vigilante. Por vezes consigo ouvir-te a respirar no outro lado da casa.
Deito-me de costas e com um braço debaixo da cabeça, olho o tecto do apartamento como se tivesse estrelas.
As do meu alentejo. Grandes, luminosas e atentas a ti. Dirigidas a ti. Olhando para ti.
Fecho os olhos…até ouvir o teu caminhar descalço a sair do quarto. Acompanhada pela manhã, vens em direcção a mim, entregar-me o abraço e o beijo que me mantém aqui.
Sem cobrares, sem pedires, sem interesse, sem proveito, sem nada, … com tudo.
Levanto-me e faço-te o pequeno-almoço, enquanto acordas junto dos teus desenhos animados preferidos.
Lembro-te que tens que comer tudo. O dia é grande e belo, atento e esperando a tua energia irrepreensível e inesgotável.
Surgem as minhas primeiras ordens.
Do pai, quando te mando lavar os dentes.
Do amigo quando te abraço recompensando-te por te teres vestido e lavado sem te mandar.
Do teu mestre quando te respondo às questões pertinentes e filosóficas da manhã.
Do teu educador quando te peço para me ajudares com a mochila e com os sacos.
Do teu tudo o que precisares que seja.
No automóvel vamos brincando e falando como se fosse (e é) mais uma despedida, mais um até logo, mais um até ao próximo fim de semana, mais um “ não estou contigo mas estás no meu coração… e não te esqueças… liga-me todos os dias…”.
Esquecer... Como se pudesse ou quisesse.
A viagem para a escola, faz-se sempre com uma mão dada a ti.
Fazemo-lo sempre que andamos de carro. Atrás na tua cadeira, impões-te a ti própria algum desconforto para me dares a mão, enquanto conduzo. A busca da minha mão, é mais um gesto teu que me dá alento, durante a (mais uma) separação.
Chegamos à escola e entrego-te aos educadores. A minha protecção acaba e volta a agonia.
Deixo-te com a professora e volto a baixar a cabeça. Volta o silêncio. Voltam as cobranças. Os deveres. As tarefas. Os compromissos. O peso nos ombros. A solidão. O silêncio. O silencio. O silencio…
A tua imagem aparece e mantém-me neste curso. Preso nesta vida a ti. Por ti.
Cá onde sei, que dentro de uns dias, vou novamente ser abraçado, amado por ti.
Todos os dias vou falar contigo.
Vou ouvir-te dizer que me adoras e que sou o melhor pai do mundo.
Com o regresso a casa já sem sol, entro e vejo os rastos da tua presença...
Falo contigo e penso que dormes no quarto.
… porque à noite… quando adormeço… oiço os teus gritos de alegria na praia, ou no parque, ou os teus comentários no cinema, ou os sorrisos marotos, ou gozões…
… Agora… parece que te consigo ouvir a respirar no outro lado da casa
Mas não estás.
Hoje não te vejo adormecer.

20 de julho de 2009



Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Alberto Caeiro

Need to sleep …
Just one FUUU#$&#” minute…

Acto de resgate

One more night…
Resgato-me do sono.
Descanso que o meu corpo não dá à minha alma...

19 de julho de 2009

Just body... No soul...

13 de julho de 2009

Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, meu pensamento.

Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que me cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.

Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.

A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.

Carlos de Oliveira,
in 'Mãe Pobre'

12 de julho de 2009

Livro de Horas

Aqui, diante de mim,
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.

Me confesso
Possesso
Das virtudes teologais,
Que são três,
E dos pecados mortais
Que são sete,
Quando a terra não repete
Que são mais.

Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.

Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo
Que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
Desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!

Miguel Torga

11 de julho de 2009

Hoje até tem piada...

10 de julho de 2009




Alguém fez mais um aniversário.
Eu fechado no meu apartamento. Em reclusão.
Ele, o aniversariante, estava lá fora.
Ao calor e à chuva que não caía.
...
Ele nunca gostou de festas nestas alturas.
A timidez tomada na exposição de outrora e as brechas da vida, curtiram um Homem,
calado, reservado, introspectivo e nestas datas, profundamente infeliz.
Sei que tenta festejar o aniversário, mas nem se lembrou que era a sua data.
Passou o dia à espera. De nada. De tudo.
Da gota de chuva que pudesse molhar-lhe a alma.
...
Cá dentro, o telefone tocou inúmeras vezes. Vozes de carinho e de respeito pelo aniversariante que estava no lado de fora.
Atendi por ele. Respondi que não se encontrava o homem da festa.
Aqui apenas estava eu. Fechado. recolhido por estas paredes já sem cheiro.
Se fosse eu a fazer anos –pensei- teria adorado as inúmeras chamadas telefónicas e mensagens...
Sinal de qualquer coisa... Vi que muita gente gostava dele. (Não de mim...)
Desassossegavam-se com a ausência do Homem do aniversário. (Não comigo...)
Afinal, ele, lá fora à espera da chuva neste dia de calor, não sabia que fazia anos...
Incólume ali estava, olhando para o céu.
Abstraído. Como se o sonho lhe caísse nos braços a qualquer momento.
Eu aqui, isolado entre quatro paredes... apenas sei que vou ficar mais dias, aqui, fechado...
Queria fazer anos hoje...
Queria muito trazer o aniversariante para dentro deste apartamento... vazio.
Juntos beberíamos um copo.
Brindávamos a todos os aniversários do mundo.
Mas ele não quis entrar. Acho que não sabe que faz anos...
Pode ser que no Natal já venha cá para dentro... – Entretanto... vou continuar a olhar para ele da minha janela.
Só a olhar para ele...
Um dia virá para dentro... ou sairei eu para o pé dele.

3 de julho de 2009

voices...