The quieter you become, the more you are able to hear... and in the end, we will remember not the words of our enemies, but the silence of our friends.
22 de março de 2011
28 de dezembro de 2010
Hachico (chūken Hachikō, "cão fiel Hachikō") é estrela de cinema e exemplo de lealdade no Japão, mas para mim, é apenas um cão entre muitos.
Hachikō vivia em Tóquio com o seu dono, um professor da Universidade daquela cidade. Hachi (Hachikō é o diminutivo de Hachi) acompanhava todos os dias, o seu dono, desde a porta de casa até à estação de trens de Shibuya, regressando para encontrá-lo ao final do dia.
Aquele cenário, que se repetia todos os dias, de manhã e à noite, impressionava profundamente todos os transeuntes da estação de comboios, que viam com espanto a entrega do animal a seu dono. A rotina continuou até uma tarde fatídica em que o professor não regressou no comboio habitual, como de costume. o seu dono sofrera um AVC na universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperara Hachikō
A história diz, que na noite do velório, Hachikō passou a noite deitado ao lado do seu dono.
Hachikō, após o falecimento, continuou a ir todos os dias à estação de Shibuya, à espera que o dono voltasse para casa. Todos os dias procurava a figura do professor Ueno entre os passageiros, saindo somente quando a fome o obrigava.
Dia após dia, ano após ano, durante nove anos e dez meses, Hachikō, ao final da tarde, precisamente no horário do comboio, esperava pelo regresso do seu dono e amigo.
A morte de Hachikō fez as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto nacional foi declarado.
***
Em conversa com alguns anciãos, soube que afinal, na minha terra haviam vários "Hachico´s".
Um deles, quando o dono faleceu, acompanhou o funeral até ao cemitério e ficou deitado na campa, tendo morrido à fome naquele local.
Outro, talvez o mais conhecido, após ter acompanhado o funeral do dono, cada vez que o sino da igreja tocava, ia ao cemitério, participando em todas as marchas fúnebres da vila durante cerca de nove anos. Já sem conseguir andar, quando ouvia o sino anunciar alguma missa ou falecimento, gania sem parar durante alguns instantes, até que sem força se prostrava em si cheio de tristeza.
A minha primeira “Hachico”, no dia que o meu avô subiu ao céu, dormiu junto da sua cama e ali ficou durante alguns dias. Dizem que se atirou contra um carro algumas semanas depois.
O que é certo, é que, sendo a lealdade um conceito humano, cada vez há mais exemplos de valores (em extinção) vindo do mundo dos animais, deixando para nós, esta condição cada vez mais degradante e baixa que é viver como uma pessoa.
Lealdade e amizade, recordadas e defendidas por um simples cão.
Desculpa Manuel Alegre mas "Cão como nós" não.
Eles são fiéis e sabem o que é o amor incondicional.
Provavelmente zudan à(s) 12/28/2010 11:17:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Filmes, Me, Pensamentos
30 de setembro de 2010
Deparei-me com um post numa das redes sociais do momento onde, uma pessoa com cerca de 30 anos falava em “Selvagaria de Viver”;
Bom não sei o que isso significa para ele; Deduzo que seja uma forma de expressão para a frase “cada um por si”, encostado por algo pérfido que lhe aconteceu.
Pessoalmente, vejo as redes sociais como uma forma de comunicar quando a coragem não existe, ou quando a forma moderna de vida não deixa espaço para “simplesmente” conversar com alguém que nos importa.
A dependência inconsciente da tecnologia substituiu as relações sociais mais basilares e elementares.
O facilitismo da utilização das tecnologias permitiu isso mesmo, que seja mais inteligível utilizar um computador com internet e as suas redes sociais/blogs/msn´s do que ir a uma tasca trocar meia dúzia de palavras com um "simples" amigo.
Seja como for, vejo este fenómeno, à distância mas em proximidade, como um pequeno mundo dentro do mundo electrónico, que por si faz parte do mundo real.
Digamos que vivemos um “Inception” (filme que recomendo que vejam) mas acordados e num terceiro nível. Uma personalidade fora de nós, ou porque não, a nossa verdadeira personalidade despida de preconceitos e defesas.
- O primeiro nível de realidade distingue-se pelo trabalho, casa, família (quando é), amigos (quando os há), supermercado, actividades lúdicas, académicas, desporto (cada vez mais solitários, porque não considero o Ipod um amigo), “cafezinhos” de circunstância ou até almoços com amigos onde o silêncio se destaca.
- Um segundo nível, o nível electrónico, onde a informática ocupa as nossas vidas quotidianas, Ipod, portátil, Ipad, automóvel super hiper equipado, gps´s, iphone´s, mp3, vídeos, pdf´s, doc´s, correio electrónico, redes de partilha de ficheiros, computadores velhos, novos, grandes ou pequenos.
- Um terceiro nível, onde o primeiro nível entra no segundo e se funde neste novo estádio da natureza humana. A “identidade” digital, auxiliado, (permitam-me a exclusão de outros serviços electrónicos), pelas redes sociais.
Não será, nos dias de hoje, esta “identidade digital” a nossa verdadeira identidade? Onde não temos que utilizar as defesas, protecções ou dissimulações, necessárias para sobreviver no dia a dia?
Reparei que com muitos (felizmente não todos) dos meus “amigos” de uma destas redes sociais,(Facebook), existe a preocupação de simular qualquer coisa, parecer-se com algo, uma figura do imaginário, um super-herói, um vizinho que se inveja ou se calhar apenas connosco, com o nosso “eu” (que pode ser um reflexo de tudo o que se deseja - não confundir com o superego de Freud).
Com isto em mente e numa fase distante do seu verdadeiro “eu” se descrevem em fotos (sempre a rir, felizes e em festa), frases (sempre de índole espiritual e, adivinhem, a aconselhar qualquer coisa), jogos (sempre numa tentativa de tapar algum buraco social), comentários (jocosos ou em Flirt), pensamentos (sempre positivos ou a tentar demonstrar algum lado artístico oculto) ou só, apontando (intencionalmente e com segundas intenções) para um filme ou Website de que se gosta.
Raramente o “eu” se mostra no seu intimo, excepto nos extremos, na felicidade ou na tristeza, sendo recorrente o “cliché” da melancolia e da vitimização quando algo da sua vida não corre de feição.
Este processo de vitimização, pouco tem de irreal e de banal, só demonstra a vulnerabilidade e a fragilidade do principal sistema de todos.
O ser humano.
Na tristeza ou na dor, o terceiro patamar do nosso nível de “Inception” é cobarde e acoita-se à sua insignificância, socorrendo-se sempre e caindo permanentemente sobre o verdadeiro “eu”, ou seja passando para um primeiro nível (para quem não ultrapassa a superficialidade da vida terrena e material - no filme do Christopher Nolan este movimento chama-se "Kick up")ou para um mais profundo, o quarto nível, o nosso e verdadeiro "eu".
Em suma, os níveis organizam-se como um "eu simples e material" dentro do "eu tecnologia" dentro do "eu digital/user" que em alturas de alta concentração ou aflição entra num "eu introspectivo e real".
Pausa
Por outro lado observem os reflexos da vossa vida tecnológica na “vida real” ou "eu" - primeiro nível.
Vejam as novas discussões e motivos de afastamento só porque “não me convidaste para amigo”, as novas ofensas “porque não comentaste a minha foto”, as novas suspeitas “porque ele não me disse nada e não clicou no like it”, ou os novos ataques de raiva porque "ele não se comportou como esperava" (associados ao gaming online).
Pausa.
Experimentem a ficar sem postar (inertes no primeiro ou quarto nível)uma ou duas semanas no Facebook e verifiquem (com muita pena ou surpresa para alguns) que o mundo, à imagem do mundo real, continua exactamente igual, a tratar-vos de uma forma “selvagem”, injusta e absorta.
… e sim, eu já confirmei, continuarão sozinhos, conforme já o eram.
ou não.
Provavelmente zudan à(s) 9/30/2010 11:19:00 da manhã 2 comentários
Etiquetas: modern life, Pensamentos
17 de setembro de 2010
"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos."
Agostinho da Silva in "Diário de Alcestes"
Provavelmente zudan à(s) 9/17/2010 09:29:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
17 de junho de 2010
Jesus didn't come to free us from pain. He came to give us the strength to bear it.
Provavelmente zudan à(s) 6/17/2010 10:17:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Fotografia, Pensamentos
21 de maio de 2010
Provavelmente zudan à(s) 5/21/2010 12:46:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
6 de maio de 2010
Provavelmente zudan à(s) 5/06/2010 09:55:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Fotografia, Pensamentos
25 de abril de 2010
O que fizeram de ti Abril...
Provavelmente zudan à(s) 4/25/2010 09:47:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
8 de abril de 2010
paixão entorpece o espirito e distrai a alma
é veneno no sangue e droga no cerebro
e quem paga é o corpo
In Conversas de Zudan
Provavelmente zudan à(s) 4/08/2010 12:47:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
7 de abril de 2010
Meses de intervalo e uma conclusão...
"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade;
tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores;
ser ele;
não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento;
no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças;
teve a coragem de ser cão entre as ovelhas;
nunca baliu;
e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos.
Agostinho da Silva, in "Diário de Alcestes"
Provavelmente zudan à(s) 4/07/2010 10:26:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
14 de agosto de 2009
Provavelmente zudan à(s) 8/14/2009 11:59:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
Tell me what you find when you read my mind... if you can.
Provavelmente zudan à(s) 8/14/2009 11:49:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
Provavelmente zudan à(s) 8/14/2009 11:41:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
22 de julho de 2009
The time is near... not me. I´m not at home. I´m far.
The bullets scream to me from somewhere... not me.
I´m far... I´m with you... near. holding you.
Saw you... so close... so far...
Holding you... praying for you...
You.
Provavelmente zudan à(s) 7/22/2009 08:50:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
11 de dezembro de 2008
Provavelmente zudan à(s) 12/11/2008 03:33:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
9 de dezembro de 2008
No ano 2003, numa tarde medonha e entediante de Junho, levou-me o acaso para o meio da Feira do Livro de Lisboa.
Naquela mesma feira, algures entre o monumento à virilidade masculina do Cutileiro (monumento 25 de Abril... compreendo porquê) e o topo do parque, surgia uma fila de pessoas, mínima de mas atenciosa, em direcção a um banco de madeira escondido debaixo de uma pequena mesa alentejana.
Aquela mesa parecia sair de uma tasca típica daquela região, mas o burburinho quase sem expressão, fazia-me acreditar que seria uma sessão de autógrafos... de um autor desconhecido, pensei.
Enquanto deambulava entre os escaparates, a minha atenção prendeu-se naquele cenário familiar, pois naquele banco, tinha acabado de se sentar o escritor português José Saramago.
Não sou de autógrafos. Quando era garoto, tinha apenas um pequeno bloco feito na escola, com alguns rabiscos de jogadores de futebol... que nem eram heróis...
Naquela tarde, o saco que tinha comigo, continha no seu interior "Os Poemas Possíveis" daquele que é, na minha opinião, um dos maiores escritores portugueses.
Pensei em aproximar-me, somente para o ver com a sua Pilar... observá-los...
Cinco minutos depois e comigo completamente fora da fila, o olhar dele apontou-me. Eu olhei-o e ele falou sem saber o que continha o meu saco;
- Quer dedicar a alguém?
Ao mesmo tempo que atabalhoadamente a minha mão procurava a encadernação em causa, respondi-lhe;
- Não... mestre... escreva o que entender...
Ele sorriu e escreveu.
"Para um poeta... os poemas possíveis..."
Um abraço
José Saramago
Lembro-me de fotografar a preto e branco, os reflexos de uma montra, numa livraria em Zurique uma semana depois deste Senhor ganhar o Nobel... o único autógrafo que tenho...
Provavelmente zudan à(s) 12/09/2008 12:55:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Me, Pensamentos
29 de outubro de 2008
shiiiiu...
the quieter you become the more you are able to hear....
Provavelmente zudan à(s) 10/29/2008 03:46:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
14 de outubro de 2008
The Peter principle - Lawrence Johnston Peter (1919-1990) publicado em 1969.
Este livro apresenta o “Princípio de Peter”
O autor afirma que em organizações hierarquicamente estruturadas, os funcionários são promovidos até alcançarem o seu nível de incompetência.
(AFINAL ESTÁ EXPLICADO)
Provavelmente zudan à(s) 10/14/2008 11:37:00 da manhã 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos
18 de julho de 2008
Egoísta
adj. e s. 2 gén., indivíduo que trata só dos seus interesses;
Altruísmo
do Fr. altruisme - s. m., disposição para se interessar e dedicar ao próximo;
amor ao próximo;
estou confuso... como é que estes dois conceitos andam tão próximos?
Provavelmente zudan à(s) 7/18/2008 03:52:00 da tarde 0 comentários
Etiquetas: Pensamentos




