22 de março de 2011

The quieter you become, the more you are able to hear... and in the end, we will remember not the words of our enemies, but the silence of our friends.

21 de março de 2011

Respiro nas vagas do tempo e reajo sempre da mesma forma.
A razão é obscurecida e resiste à inspiração de um músculo pútrido e devoto.
Escuto-me e percebo os sinais.
Onde antes não experimentava, onde antes me desesperava.
Percebo, entendo-os. Fico mais fraco quando sinto que não deveria ser assim.
Sei, eternamente, que sou resistente e privado de mim.
Sinto-me mais fraco, mais velho e já reconheço na face, os traços do tempo.
Encostados às cicatrizes, esses riscos definem-me.
São o baixo-relevo da dor e deste percurso afligido, flagelado e sem qualquer dádiva.
Ao lado da estrada merecedora e justa.
Evito a escrita e o seu acondicionamento, com temor de mim.
Destapa-me e revela-me o intimo…
Acusa-me a alma que já não pode ser mostrada.
Exposta que foi, infligiu-me as durezas de batalhas desequilibradas e quase mortais.

Efeitos da lua e do dia do Pai… aqui estou…
… Apesar da resistência, abati-me de novo às letras… e entrei a circular nas folhas e na composição do que sou.
É um traçado que construo há vinte anos.
E até ver, a conclusão é a mesma…
Este ópio da escrita, devora-me e expõe-me às mais íntimas sensações e pensamentos.
Ameaça fechar-me dentro de mim.

Não sei… Mantenho-me igual. No meu intimismo.
Convicto de um sofrimento que não procurei.
Mantenho-me aqui… envolvido em mim.
Prostrado e caminhando sem propósito.

Just because I´m… me.