14 de setembro de 2011


Não existem relações falhadas.
Existem relações que não se encontraram no tempo certo.
As que perduram no tempo, sepultam em mim o sofrimento da dúvida.
Perco-me na esperança de “e se…”
É falso.
É prematuro e infiel à minha dor.
Sem saber enterrar o passado, apenas resta tropeçar novamente no mesmo erro.
E outra vez... e outra vez... e outra vez.
Sabendo do naufrágio, não consigo passar sem me fazer à desordem…
e naufragar e tentar sobreviver… outra vez… reconstruindo... outra vez...
Perdoar, perdoar, perdoar ... sabendo que não falhei ...
Apenas sei que quando o perdão se transforma no passado, acorda-me o presente e faz-me sofrer num futuro,  que afinal ...
não existe.
Dizem que a felicidade é viver sem memória.
Errado.
A felicidade é viver sem memória e sem perdão.
É enterrar a compaixão e não ver nos outros o que somos…
É viver apenas sem humilhação, sem medo, sem receio de ferir, de magoar e de fazer sofrer outra vez…. ou de sofrer... outra vez...
Ser feliz é apenas não ser prisioneiro dos erros que não cometi...
E estar com alguém como se estivesse só.
Em paz.

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