15 de fevereiro de 2007

SIM e Interrupções à parte... Falemos do assunto que já foi tema de conversa...

O nosso Primeiro-Ministro resolveu bem o grande pedregulho do Aborto. Obrigou os da cor ao referendo, em vez de ser deixar a AR legislar, e forçou os do outro flanco à alteração legislativa de forma indirecta... espertalhuco.

Uma vez finda a campanha e o SIM à pergunta referendada ter ganho, a questão da vida foi definitivamente colocada de parte. Agora, e uma vez que nos limitámos à fracção económica e social do problema, gostaria de colocar algumas perguntas às quais ainda ninguém me respondeu?

A mulher vai ser desresponsabilizada e vai decidir. E o homem onde aparece?
A educação sexual do país e a sua cultura sexual está à altura?
Dez semanas porquê? Porque é o prazo para a interrupção química e é mais barato que a cirurgia?
Secções novas nos estabelecimentos de saúde já existentes ou novos estabelecimentos de saúde?
Quem vais pagar estes serviços? O estado? Com que dinheiro?
A sacrificar o quê? Com que profissionais de saúde? Com que meios?
E nos privados? já há preços tabelados nas grandes empresas do ramo? São iguais aos dos países de origem?
O estado vai comparticipar alguma coisa, uma vez que se trata de saúde pública?
E os serviços de saúde?
Os acompanhamentos previstos antes e pós aborto, por quem e como vão ser feitos?
Os hospitais onde se fecharam maternidades, vão poder ter clínicas abortivas?
Os subsídios de incentivo à natalidade?
E o aumento das reformas?
E as filas de espera de doentes crónicos?
E a falta de médicos?
E os médicos que já existem podem recusar-se a executar as interrupções?
Vão ser sugeridas as suspensões provisórias de processos existentes?
Programas de planeamento familiar?
Contraceptivos gratuitos nas zonas de risco?
Informação?
Apoio?

Ou vamos deixar a solução... ser ela própria um problema????

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