21 de junho de 2005

Tive um sonho... (...não. Esta frase já existe.)

Hoje sonhei.
Pelo menos é o que penso que fiz.
Recordo-me de quase tudo.
Mais. Sonhei comigo.
Recordo-me das cores, do ar, das falas, dos risos e da raiva.
(Destoa...A raiva destoa)
...
(Rewind)
Recordo-me das cores, do ar, das falas, dos risos e das lágrimas.
(vulgar, mas mais homogéneo, não choca,
Não corta a simplicidade da leitura.
Continuando...)


Estranho sonho.
Eu.
Uma praia.
Um calor pegajoso.
E o ímpeto para qualquer coisa.
Não sei o quê.
Parecia que estava perdido, mas sabendo distintamente onde me encontrava.
Como se estivesse certo do que me apetecia... mas algo ou alguém me compelisse a aceitar a reclusão...
Por mim pedida?
Por mim almejada?
Sonhei que se perdiam símbolos.
Como se as “palavras” não existissem.
Pura e simplesmente não... fossem.
Saíam das bocas como se de saliva inóspita se tratasse.
Apenas expulsas...
A acepção daquelas não existia.
Aquela composição com letras apenas servia para ser lida...
E não compreendida.
Vazia. Vazias.
...
Sonhei que se naquela praia, se conseguisse ver o mar...
Seria apenas uma consequência da vontade.
Simples.
Querer.
Ou por outro lado...
Estar numa praia e não ver aquela imensidão de água.
E a tentação de olhar para o sol.
e saber-se cegar...
Sem ver o mar.
Com palavras vazias.
Só para serem lidas.
Sem vontade... ou consequência.
...
Sonhei que os via ao longe... a afundar.

2 comentários:

Anónimo disse...

voltaste e em força amigo.
lindo.

Anónimo disse...

"Pode matar-se o sonhador, mas não o sonho", terá dito Abernathy.

Outro dizia que o "sonho comanda a vida".

Vida.

Segue-a. Leva-te a algum lado.