21 de setembro de 2004

É ouvir falar um compositor de Jazz e compreende-se o esfriar da pele, quando os primeiros acordes surgem de um qualquer instrumento imaculado por esta disciplina musical.
É o eterno “murmurar” a tocar.
Um discurso irrepetível e sempre pulcro.
Mesmo que alguém, no planeta inteiro, conseguisse possuir toda a discografia de um dos muitos mestres desta arte, não teria sequer um por cento da totalidade da obra deste.
Cada gravação é, no Jazz, como uma fotografia de circunstância. Única.
Não há pautas nem regras (poucas); só conta o estado de entendimento e a clareza do espírito.
Como quando se agarra naquele caderninho preto para escrever o que nos vai nas entranhas e não se consegue… porque não se está suficientemente triste, ou contente, ou descrente.
Aquele caderninho também não ajuda, ouve ou responde, apenas está com aquilo que se escreve.
… Como temos que estar com o que se ouve.
Não percebo muito da coisa.
Mas… e é preciso?

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