29 de setembro de 2004

Muito giro. Mesmo muito giro.

Imaginemos um sítio… tipo sítio do pica-pau amarelo ou a quinta do Charles Manson… qualquer coisa assim… tipo…
qualquer coisa…

Um burgo, dito, normal.

Um local onde os políticos, são políticos…
Um local onde os Homens não são homens e as Mulheres não são mulheres.
Um local onde a incompetência tem como resultado um bom prémio.
Um país onde os criminosos tem muitos direitos…
Um sítio onde os que tem alguma coisa na cabeça, opinam por pouco tempo, pois são absorvidos pelo peso das máquinas onde estão inseridos.
Um sítio onde as listas não são listas.
Os computadores não computam.
Os ministros não ministram.
Os presidentes não presidem.
… e os jornalistas são tão jornalistas que cobrem a cara dos criminosos com quadradinhos, colocam-lhes a voz do Dark Vader e espetam na tela a cara dos Polícias e dos Magistrados.

Mesmo muito giro.

Um local onde a objectividade se perdeu se é que alguma vez existiu.
Onde o umbigo de cada um será o próximo objectivo a seguir à cabeça do próximo.
Um local onde há os importantes intervenientes de um crime e os que não são tão importantes intervenientes do mesmo crime noutro sítio qualquer.
Um local onde homens e mulheres matam as suas crias e onde estas acções são utilizadas para subir as cotações em bolsa de empresas ligadas ao ramo das comunicações.

(agora em jeito de poema)

Um sítio que tem prisões sem ter celas.
Hospitais sem medicina.
Tem lares sem telhados.
Casas sem paredes.
Escolas sem disciplina.
"Quintas" sem muros.
E gajos tão burros...
...
Tem famílias que não se vêm durante semanas, meses e anos.
Onde a riqueza não está dividida e o dinheiro é o bem número um.
Um lugar onde exigem coisas em troca de vidas.

Esse lugar não existe.

Eu é que acho que vou vomitar,

… tal a moléstia que invade a minha imaginação.


In Cabeça de Zudan - A Europa, Portugal e o Médio Oriente todos no mesmo saco.
Edições Lingua Viperina.

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