FIM
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes
Façam estalar no ar chicotes
Chamem palhaços e acrobatas.
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro ...
(Últimos Poemas, 1916)
Mário de Sá-Carneiro (1890-1916)
Há 2 anos
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